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O O suicídio está entre as transgressões
mais graves que um espírito pode realizar no plano físico,
rompendo os laços entre o espírito e o corpo através
da rebeldia, o suicida acaba com as possibilidades de reverter os erros
nesta encarnação e adquire um débito gravíssimo.
A morte não resolverá o seu problema,
pois a vida não acaba e o motivo que o levou ao suicídio
continuará no além-túmulo, após a desencarnação
não acabam os sintomas que levaram o espírito imprevidente
ao suicídio: a consciência do culpado continua a martirizá-lo,
o depressivo continua triste, procurando o sentido da sua vida, o dependente
químico mantém a sede insaciável, mas sem ter como
se drogar, o coração abandonado continua sozinho, mas agora
não poderá procurar por outra paixão e o homem que
perdeu as riquezas agora também está sem recursos espirituais.
Conforme mostraremos o suicida deverá
percorrer um longo caminho para quitar os seus compromissos e continuar
o caminho que interrompeu, embora adquira vários débitos
ele não regride, mas estaciona e deverá percorrer um retorno
desnecessário, podemos imaginar que ele escolheu uma bifurcação
errada no meio do caminho e deverá percorrer uma estrada de retorno
para voltar a essa bifurcação. Se escolher novamente o caminho
errado deverá obrigatoriamente percorrer o retorno e quando finalmente
optar pelo caminho certo continuará sua caminhada.
Após a morte, antes que o Espírito
se oriente, gravitando para o verdadeiro "lar espiritual" que
lhe cabe, será sempre necessário o estágio numa "antecâmara",
numa região cuja densidade e aflitivas configurações
locais corresponderão aos estados vibratórios e mentais
do recém-desencarnado. Aí se deterá até que
seja naturalmente "desanimalizado", isto é, que se desfaça
dos fluidos e forças vitais de que são impregnados todos
os corpos materiais. Por aí se verá que a estada será
temporária nesse umbral do Além, conquanto geralmente penosa.
Tais sejam o caráter, as ações praticadas, o gênero
de vida, o gênero de morte que teve a entidade desencarnada - tais
serão o tempo e a penúria no local descrito. Existem aqueles
que aí apenas se demoram algumas horas. Outros levarão meses,
anos consecutivos, voltando à reencarnação sem atingirem
a Espiritualidade. Em se tratando de suicidas o caso assume proporções
especiais, por dolorosas e complexas. Estes aí se demorarão,
geralmente, o tempo que ainda lhes restava para conclusão do compromisso
da existência que prematuramente cortaram. Trazendo carregamentos
avantajados de forças vitais animalizadas, além das bagagens
das paixões criminosas e uma desorganização mental,
nervosa e vibratória completas, é fácil entrever
qual será a situação desses infelizes para quem um
só bálsamo existe: a prece das almas caritativas!
Se, por muito longo, esse estágio exorbite das medidas normais
ao caso - a reencarnação imediata será a terapêutica
indicada, embora acerba e dolorosa, o que será preferível
a muitos anos em tão desgraçada situação,
assim se completando, então, o tempo que faltava ao término
da existência cortada.
Yvone Pereira – Memórias de Um Suicida
Separamos as conseqüências do suicídio
em diferentes tópicos para melhor compreensão:
- Sensações
- Destino
- Período de expiação no
Umbral
- Futuras encarnações
- Conseqüências para os responsáveis
envolvidos no suicídio – encarnados e desencarnados.
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