13. Tratamento da Obsessão
Para o irmão obsediado em estágio
avançado a cura parece estar no alto de uma montanha intransponível,
a submissão que o verdugo lhe impõe causa desconforto,
medo, angustia e privações. Enfraquecido na sua vontade
e força interior, poucas opções lhe restam e na
maioria das vezes ele deseja a solução imediata.
A primeira informação que deve
ser dada a qualquer obsediado é que o desligamento acontece lentamente,
ninguém deve informar que indo ao centro uma vez você está
curado. Podemos ter uma melhora significativa em alguns casos menos
sérios, mas isso não acontece com a grande maioria.
O obsediado pode se fazer de vítima,
chorar, falar que sofre, que não agüenta mais, pode dizer
o que quiser, mas a pura verdade é que a cura depende mais dele
do que qualquer outra pessoa. Somente os que de vontade sincera realizarem
a modificação interior poderão chegar até
a libertação dos seus verdugos. E se realmente reformarem
sua vida conseguirão anular as brechas que permitem a aproximação
dos espíritos inferiores.
Mesmo para aqueles que conseguem superar a
obsessão é necessário a vigilância constante,
o coração deve permanecer integro e a mente controlada,
num esforço para não se deixar levar novamente pelas sensações
e angustias físicas.
Aqueles que realizarem o tratamento sem nenhuma
melhora interior poderão ter algum alívio, mas que será
temporário. A obsessão acabará voltando, pois as
brechas continuarão "abertas".
Abaixo citamos uma passagem do livro A Gênese, de Allan Kardec,
que fala um pouco sobre o tratamento de obsediados.
"Nos casos de obsessão grave,
o obsidiado fica como que envolto e impregnado de um fluido pernicioso,
que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os repele.
É daquele fluido que importa desembaraçá-lo, Ora,
um fluído mau não pode ser eliminado por outro igualmente
mau. Por meio de ação idêntica à do médium
curador, nos casos de enfermidade, preciso se faz expelir um fluido
mau com o auxílio de um fluido melhor. Nem sempre, porém,
basta esta ação mecânica; cumpre, sobretudo,atuar
sobre o ser inteligente, ao qual é preciso se possua o direito
de falar com autoridade, que, entretanto, falece a quem não tenha
superioridade moral. Quanto maior esta for, tanto maior também
será aquela. Mas, ainda não é tudo: para assegurar
a libertação da vítima, indispensável se
torna que o Espírito perverso levado a renunciar aos seus maus
desígnios; que se faça que o arrependimento desponte nele,
assim como o desejo do bem, por meio de instruções habilmente
ministradas, em evocações particularmente feitas com o
objetivo de dar-lhe educação moral."
Vamos comentar agora alguns aspectos importantes
no tratamento, citando sempre que possível passagens de livros
que reforçam o ensino.
a) Conscientização de que
a obsessão não é responsabilidade do obsessor ou
de Deus, é SUA!
É importante ressaltar que não
estamos falando de CULPA, mas da conscientização e responsabilidade.
Não adianta ficar se culpando!!! Jesus nos falava que Deus deseja
a morte do Pecado e não do Pecador.
Ao se conscientizar você olha para dentro,
verifica os erros cometidos e reflete sobre o que precisa ser trabalhado.
Uma das piores conseqüências da
obsessão é a dificuldade que ela impõe ao obsediado
de entrar em contato com energias mais sutis, inspiradas pelos guias
e protetores, além de todas as energias positivas que circulam
em nosso meio.
O obsediado se caracteriza por extrema irritação
com o mundo, consigo e com Deus. Nem sempre a sensação
é de raiva, podemos ter frustração, decepção,
angustia extrema, ansiedade incontrolável, medo, etc. O que importa
é que o espírito encontra-se envolto em um campo de energias
de baixa vibração, que impedem a interferência e
ajuda dos espíritos amigos.
Para clarear um pouco o entendimento podemos
comparar o estado vibratório do obsediado ao céu nublado
em um dia chuvoso. O sol continua a enviar o calor e a luz, contudo,
as nuvens criam barreiras, quanto mais nuvens menos luz e calor. Conforme
você retira as nuvens que obscurecem a sua alma o Sol começa
a clarear a sua mente e coração.
Quando o obsediado se torna receptivo para
receber a ajuda dos amigos espirituais, ele começa a entender
que nada mudou, que Deus não o abandonou, simplesmente ele se
afastou da luz de tal forma que não era possível receber
ajuda. Esse é o primeiro passo rumo à libertação.
É importante ressaltar que até
para perceber essa pequena melhora existe a necessidade DE ESFORÇO
E VONTADE do paciente, pois não adianta os espíritos derramarem
energias salutares sobre uma mente voltada para pensamentos depressivos
ou um coração cheio de rancor. A atitude do paciente para
receber a ajuda é muito importante.
No livro Missionários da Luz André
Luiz nos alerta sobre a importância da conscientização:
"- Em geral, noventa por cento dos casos de obsessão
que se verificam na Crosta, constituem problemas dolorosos e intricados.
Quase sempre, o obsidiado padece de lastimável cegueira, com
relação à própria enfermidade. E, porque
não atende ao chamamento da verdade pela cristalização
personalista, torna-se presa fácil e inconsciente, embora responsável,
de perigosos inimigos das zonas de atividades grosseiras. Comumente,
verificam-se casos dessa natureza, em vista de ligações
vigorosas e profundas pela afetividade mal dirigida ou pelos detestáveis
laços do Ódio que, em todas as circunstâncias, é
a confiança desequilibrada convertida em monstro.
...
Esta irmã - disse o orientador - permanece, de fato, no caminho
da cura. Percebeu a tempo que a medicação, qualquer que
seja, não é tudo no problema da necessária restauração
do equilíbrio físico. Já sabe que o socorro de
nossa parte representa material que deve ser aproveitado pelo enfermo
desejoso de restabelecer-se. Por isso mesmo, desenvolve toda a sua capacidade
de resistência, colaborando conosco no interesse próprio.
Observe.
Efetivamente, sentindo-se amparada pela nossa extensa rede de vibrações
protetoras, a jovem emitia vigoroso fluxo de energias mentais, expelindo
todas as idéias malsãs que os desventurados obsessores
lhe haviam depositado na mente, absorvendo, em seguida, os pensamentos
regeneradores e construtivos que a nossa influenciação
lhe oferecia. Aprovando-me o minucioso exame com um gesto significativo,
Alexandre tornou a dizer:
- Apenas o doente convertido voluntariamente em médico de si
mesmo atinge a cura positiva.
No doloroso quadro das obsessões, o principio é análogo.
Se a vítima capitula sem condições, ante o adversário,
entrega-se- lhe totalmente e torna-se possessa, após transformar-se
em autômato à mercê do perseguidor. Se possuir vontade
frágil e indecisa, habitua-se à persistente atuação
dos verdugos e vicia-se no circulo de irregularidades de muito difícil
corrigenda, porqüanto se converte, aos poucos, em pólos
de vigorosa atração mental aos próprios algozes.
Em tais casos, nossas atividades de assistência estão quase
circunscritas a meros trabalhos de socorro, objetivando resultados longínquos.
Quando encontramos, porém, o enfermo interessado na própria
cura, valendo-se de nossos recursos para aplicá-los à
edificação interna, então podemos prever triunfos
imediatos."
b) Força de Vontade – O obsediado
deve fazer a sua parte!!!
Não pensem que será fácil
de desvencilhar da obsessão, já que por opção
própria o irmão se ligou ao obsessor que te conhece muitas
vezes melhor que você mesmo.
Poderão ocorrer diversas dificuldades
no caminho para a libertação, alguns serão das
próprias tendências inferiores e fraquezas do obsediado,
outras serão influência daquele que não deseja perder
o seu "brinquedo".
Por isso a força de vontade, a coragem,
a confiança e a fé serão testadas em vários
momentos, e não pensem nisso como um castigo ou maldade de Deus.
O sofrimento imposto ao obsediado trabalha
como força bruta a lapidar a sua alma, acordando-o para as verdades
celestes. O seu interior se fortalece, saindo muitas vezes da inércia
espiritual para um vida cheia de luz em Jesus Cristo.
Muitos trabalhadores da seara do Cristo vieram
dos calabouços da obsessão, os seus verdugos chicotearam
sem cessar as suas fraquezas, transformando o homem do mundo em Homem
de Deus.
Paulo de Tarso, o Apóstolo dos Gentios
só conseguiu entender o que era ser cristão após
anos de interiorização, perseguição e flagelações.
Depois de "ver" o Cristo ele passou a senti-lo e sua alma
se transformou em uma fortaleza de fé inabalável. Nada
pode detê-lo em sua obra de divulgação da mensagem
de Jesus.
A vitória espiritual sempre espera
os que caminham para o Cristo, e os amigos na caminhada são tão
importantes quanto os inimigos, porque equilibram a balança.
Muitos não conseguiriam entender as Verdades Celestes se só
tivessem elogios e abraços. A compreensão e o perdão
são exercitados dia a dia com aqueles que nos ferem as fibras
mais íntimas e para eles devemos render graças, por nos
engrandecerem em Amor e Paz.
No livro Missionários da Luz encontramos
um trecho que mostra perfeitamente a importância do esforço
pessoal para cura da obsessão:
"...Dos cinco que constituirão o motivo da próxima
reunião, apenas uma jovem revela possibilidades de melhoras mais
ou menos rápidas. Os demais comparecerão simplesmente
para socorro, evitando agravo nas provas necessárias.
Considerando muito interessante a menção especial que
se fazia, perguntei:
- Gozará a jovem de proteção diferente?
O instrutor sorriu e esclareceu:
- Não se trata de proteção, mas de esforço
próprio. O obsidiado, além de enfermo, representante de
outros enfermos, quase sempre é também uma criatura repleta
de torturantes problemas espirituais. Se lhe falta vontade firme para
a auto-educação, para a disciplina de si mesma, é
quase certo que prolongará sua condição dolorosa
além da morte. Que acontece a um homem indiferente ao governo
do próprio lar? Indubitavelmente será assediado por mil
e uma questões, no curso de cada dia, e acabará vencido,
convertendo-se em joguete das circunstâncias. Imagine agora que
esse homem indiferente esteja cercado de inimigos que ele mesmo criou,
adversários que lhe espreitam os menores gestos, tomados de sinistros
propósitos, na maioria das vezes... Se não desperta para
as realidades da situação, empunhando as armas da resistência
e valendo-se do auxilio exterior que lhe é prestado pelos amigos,
é razoável que permaneça esmagado. Esta, a definição
da maior percentagem dos casos espirituais de que estamos tratando.
Não representa, porém, a característica exclusiva
das obsessões de ordem geral. Existem igualmente os processos
laboriosos de resgate, em que, depois de afastados os elementos da perturbação
e da sombra, perseveram as situações expiatórias.
Em todos os acontecimentos dessa espécie, porém, não
se pode prescindir da adesão dos interessados diretos na cura.
Se o obsidiado está satisfeito na posição de desequilíbrio,
há que esperar o término de sua cegueira, a redução
da rebeldia que lhe é própria ou o afastamento da ignorância
que lhe oculta a compreensão da verdade. Ante obstáculos
dessa natureza, embora sejamos chamados com fervor por aqueles que amam
particularmente os enfermos, nada podemos fazer, senão semear
o bem para a colheita do futuro, sem qualquer expectativa de proveito
imediato.
O instrutor imprimiu ligeiro intervalo
à conversação, e, porque visse minha necessidade
de esclarecimento, prosseguiu:
- A jovem a que me referi está procurando a restauração
das forças psíquicas, por si mesma; tem lutado incessantemente
contra as investidas de entidades malignas, mobilizando todos os recursos
de que dispõe no campo da prece, do autodomínio, da meditação.
Não está esperando o milagre da cura sem esforço
e, não obstante terrivelmente perseguida por seres inferiores,
vem aproveitando toda espécie de ajuda que os amigos de nosso
plano projetam em seu circulo pessoal. A diferença, pois, entre
ela e os outros, é a de que, empregando as próprias energias,
entrará, embora vagarosamente, em contacto com a nossa corrente
auxiliadora, ao passo que os demais continuarão, ao que tudo
faz crer, na impassibilidade dos que abandonam voluntariamente a luta
edificante."
Do livro A Gênese, de Allan Kardec,
retiramos o trecho abaixo, que fala sobre a importância da prece
no tratamento.
"O trabalho se torna mais fácil quando o obsidiado,
compreendendo a sua situação, para ele concorre com a
vontade e a prece. Outro tanto não sucede quando, seduzido pelo
Espírito que o domina, se ilude com relação às
qualidades deste último e se compraz no erro a que é conduzido,
porque, então,longe de a secundar, o obsidiado repele toda assistência.
É o caso da fascinação, infinitamente mais rebelde
sempre, do que a mais violenta subjugação. (O Livro dos
Médiuns, 2ª Parte, cap. XXIII.)
Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso
meio de que se dispõe para demover de seus propósitos
maléficos o obsessor."
c) Não
vincular a cura física a Obsessão. Nem tudo é obsessão.
Nem tudo que acontece na vida é obsessão.
Algumas doenças são fraquezas ou desequilíbrios
do próprio espírito.
Algumas fatalidades são pedras que devem
ser transpassadas.
Alguns erros não vieram de inspiração
exterior e sim das TUAS próprias fraquezas morais.
Por isso olhe para você, busque o conhecimento
próprio para discernir entre as suas tendências inferiores
e a inspiração dos irmãos trevosos.
Quando estiver mais integrado a uma vida digna
de amor e harmonia entenderá que eles não podem te fazer
mal enquanto caminha com Jesus.
Não podemos afirmar que com o afastamento
do obsessor o paciente ficará curado das suas doenças.
Em alguns casos isso é possível, contudo, não podemos
generalizar.
No livro Missionários da Luz André
Luiz chama a atenção para o excesso de otimismo e a promessa
de curas com relação a desobsessão:
"Lembrando as conversações
ouvidas entre os companheiros encarnados, cooperadores assíduos
do esforço de Alexandre e outros instrutores, acrescentei:
- Pelo que me diz, compreendo as dificuldades que envolvem os problemas
alusivos à cura; entretanto, recordo-me do otimismo com que nossos
amigos comentam a posição dos obsidiados que serão
trazidos a tratamento...
O generoso mentor fixou um sorriso paternal e observou:
- Eles, por enquanto, não podem ver senão o ato presente
do drama multissecular de cada um. Não ponderam que obsidiado
e obsessor são duas almas a chegarem de muito longe, extremamente
ligadas nas perturbações que lhes são peculiares.
Nossos irmãos na carne procedem acertadamente entregando-se ao
trabalho com alegria, porque de todo esforço nobre resulta um
bem que fica indestrutível na esfera espiritual; no entanto,
deveriam ser comedidos nas promessas de melhoras imediatas, no campo
físico, e, de modo algum, deveriam formular julgamento prematuro
em cada caso, porqüanto é muito difícil identificar
a verdadeira vítima com a visão circunscrita do corpo
terrestre. Depois de pequena pausa, continuou:
- Também observei o exagerado otimismo dos companheiros, vendo
que alguns deles, mais levianos, chegavam a fazer promessas formais
de cura às famílias dos enfermos. Claro que serão
enormes os benefícios a serem colhidos pelos doentes; todavia,
se devemos estimar o bom ânimo, cumpre-nos desaprovar o entusiasmo
desequilibrado e sem rumo."
d) Freqüência
a lugares de Alto Padrão Vibratório
A freqüência a lugares com energias
positivas e revigorantes são muito importantes para o benefício
do obsediado. Templos Religiosos, locais com natureza abundante (matas,
cachoeiras, praias, etc), grupos de estudo ou meditação,
ioga, etc, são indicados para aqueles que sofrem de desequilíbrio.
Em caso de obsessão os Centros Espíritas
e Templos de Umbanda (não aconselho Candomblé e Quimbanda)
realizam trabalhos mais ostensivos e por isso o alcance é notado
mais rapidamente, porém nada impede que em outras religiões
o espírito consiga sua libertação. Como dissemos
antes, o mais importante é a mudança interior.
Aqueles que tem medo de espíritos podem
ir a centros que realizam desobsessão sem a presença
do obsediado (hoje temos muitos que seguem esta linha). Basta
você ir ao centro e pedir para que realizem esse trabalho em seu
favor. O beneficiado ficará ouvindo palestras edificantes enquanto
o corpo mediúnico trabalha em seu favor.
Receber passes em centros espíritas
ou templos de umbanda, além de beber a água fluidificada
são MUITO importantes para a recuperação. Contudo,
a freqüência deve ser constante, o tratamento da obsessão
solicita disciplina daquele que deseja ser beneficiado.
Faz parte do Tratamento Espiritual à
distância do Grupo PAS (http://www.grupopas.com.br)
e do Tratamento Espiritual à Distância da Fraternidade
Francisco de Assis - Casa de Bezerra de Menezes (http://www.franciscodeassis.org.br
) a Desobsessão.
Nos dois sites é possível se
inscrever pela internet para receber o tratamento. Indicamos essa forma
de tratamento para aqueles que não podem ir até um centro
ou que ainda não encontraram um lugar com o qual se afinizaram.
Os dois tratamentos à distância
se apoiam na modificação interior e REALIZAÇÃO
DO EVANGELHO NO LAR. Publiquei um artigo sobre esse tema há algum
tempo e basta acessar minha coluna para encontrá-lo.
André Luiz fala sobre a importância
da freqüência a templos religiosos para elevação
do espírito no livro Nos Domínios da Mediunidade:
"Hilário, que recebia, surpreso,
semelhantes informes, perguntou, curioso:
- Que ocorre, porém, quando os encarnados não prestam
atenção aos ensinamentos ouvidos?
- Sem dúvida, passam pelos santuários da fé na
condição de urnas cerradas. Impermeáveis ao bom
aviso, continuam inacessíveis à mudança necessária.
- Mas este mesmo fenômeno se repete nas igrejas de outras confissões
religiosas?
- Sim. A palavra desempenha significativo papel nas construções
do espírito. Sermões e conferências de sacerdotes
e doutrinadores, em variados setores da fé, sempre que inspirados
no Infinito Bem, guardam o objetivo da elevação moral.
O Assistente meditou um instante e acrescentou:
- Entre os homens, porém, se não é fácil
cultivar a vida digna, é muito difícil habilitar-se a
criatura à morte libertadora. Comumente, desencarna-se a alma,
sem que se lhe desagarrem os pensamentos, enovelados em situações,
pessoas e coisas da Terra. A mente, por isso, continua encarcerada nos
interesses quase sempre inferiores do mundo, cristalizada e enfermiça
em paisagens inquietantes, criadas por ela mesma. Daí o valor
do culto religioso respeitável, formando ambiente propício
à ascensão espiritual, com indiscutíveis vantagens,
não só para os Espíritos encarnados que a ele assistem,
com sinceridade e fervor, mas também para os desencarnados, que
aspiram à própria transformação. Todos os
santuários, em seus atos públicos, estão repletos
de almas necessitadas que a eles comparecem, sem o veículo denso,
sequiosas de reconforto. Os expositores da boa palavra podem ser comparados
a técnicos eletricistas, desligando <tomadas mentais>,
através dos princípios libertadores que distribuem na
esfera do pensamento."
e) Paciência,
Resignação e Exemplo
A paciência é importantíssima
já que a cura da obsessão demanda tempo de tratamento.
Como já falamos a obsessão se
instala aos poucos e a sua libertação não poderia
seguir um caminho diferente.
A resignação nos fala do entendimento
maior, do Amar e Compreender antes de reclamar e exigir.
De nada adianta esperar revoltado ou ser paciente
sem nada modificar.
O ponto exato está em esperar, trabalhando
o seu interior para que no momento certo ocorra a sua libertação.
Retiramos do livro Missionários da
Luz o trecho abaixo que ressalta a importância do exemplo para
cura do obsediado:
" - André, o corpo de carne é como se fora um
violino entregue ao artista, que, nesse caso, é o Espírito
reencarnado. Torna-se indispensável preservar o instrumento dos
animálculos destruidores e defendê-los contra ladrões.
Observou a jovem que tudo faz por guardar-se do mal? Tem estado a cair
sob os golpes dos perseguidores que lhe assediam impiedosamente o coração.
Entretanto, como alguém que atravessa longa e perigosa senda
sobre o abismo, confiante em Deus, ela tem recorrido à prece,
incessantemente, estudando a si mesma e mobilizando as possibilidades
de que dispõe para não perturbar a ordem dentro dela própria.
Na tentação de que é vitima, tem essa irmã
a provação que a redime. Ela, porém, com o heroísmo
silencioso de seu trabalho, tem esclarecido os próprios perseguidores,
compelindo-os à meditação e à disciplina.
Segundo vê, essa lutadora sabe preservar o instrumento que lhe
foi confiado e, convertida em doutrinadora dos verdugos, pelo exemplo
de resistência ao mal, transforma os inimigos, iluminando a si
mesma. Ante a colaboração dessa natureza, temos o problema
da cura altamente facilitado. Não se verifícará,
porém, o mesmo com aqueles que não se acautelam com a
defesa do instrumento corporal. Entregue aos malfeitores, o violino
simbólico a que nos referimos pode permanecer semidestruído.
E, ainda que seja restituído ao legitimo possuidor, não
pode atender ao trabalho da harmonia, com a mesma exatidão de
outro tempo. Um Stradivarius pode ser autêntico, mas não
se fará sentir com as cordas rebentadas. Como vemos, os casos
de obsessão apresentam complexidades naturais e, na solução
deles, não podemos prescindir do concurso direto dos interessados."
Reuniões Mediúnicas de Caridade
ou Desobsessão
As Reuniões de Caridade ou de Desobsessão
são realizadas por centros Espíritas e templos de Umbanda
para o auxílio de obsediados e obsessores.
A espiritualidade considera o obsessor tão
doente e necessitado quanto o obsediado, ambos devem ser amparados para
modificarem o seu caminho.
Há diferenças entre a desobsessão
realizada na Umbanda e no Espiritismo, abordaremos isso em breve, contudo,
existem certos pontos semelhantes nas reuniões, que explicaremos
a seguir.
Ambos são protegidos por um campo energético
positivo (egrégora) além de serem guardados por espíritos
protetores (que possuem meios de afastar qualquer tipo de obsessor ou
legiões de obsessores), por isso, quando um obsediado entra em
um dos dois locais ele já recebe a primeira ajuda, que é
o afastamento temporário do(s) obsessor(es). Ficando "menos
pesado" para ouvir as palestras e receber o passe.
Sobre a proteção dos centros
retiramos os seguintes trechos do livro Nos Domínios
da Mediunidade, de André Luiz, escrito por Chico Xavier:
"Atendendo às recomendações
do supervisor, os guardas admitiram a passagem de uma entidade evidentemente
aloucada, que atravessou, de chofre, as linhas vibratórias de
contenção...
...
Vigilantes de nosso plano estendiam-se, atenciosos, impedindo o acesso
de Espíritos impenitentes ou escarnecedores.
Variados grupos de pessoas ganhavam ingresso à intimidade da
casa, mas no pórtico experimentavam a separação
de certos Espíritos que as seguiam, Espíritos que não
eram simples curiosos ou sofredores, mas blasfemadores e remitentes
no mal."
Geralmente os pacientes ouvem uma ou mais
palestras antes de participarem do tratamento de desobsessão.
O motivo para essa conduta é preparar o obsessor e obsediado.
O preparo do obsessor é realizado através
de conversas com trabalhadores espirituais e da freqüência
às palestras, onde além de amparado ele é instruído
sobre as verdades celestes.
O preparo do obsediado se dá através
do passe que revitaliza, da palestra que instrui e da verdade que liberta.
O preparo é um impulso onde cabe ao solicitante fazer a sua parte
para continuar o processo de mudança, modificando sua conduta
e se instruindo nos conhecimentos espirituais.
Diferente do que muitos pensam, não
basta realizar a desobsessão, é preciso passar conhecimentos
e incentivar a mudança daqueles que estão envolvidos.
A reunião de desobsessão pode
ser privada (somente os médiuns) ou pública. Hoje em dia
são muito comuns as reuniões privadas, que evitam o"medo"
dos pacientes.
Algumas pessoas que conheci nunca mais voltaram
ao centro depois que ouviram o obsessor ser doutrinado. Eu particularmente
sou adepto da linha que evita a presença dos obsediados, na minha
opinião somente pessoas preparadas devem participar de uma desobsessão.
André Luiz nos fala mais um pouco sobre
o objetivo das reuniões de desobsessão no livro Missionários
da Luz:
"- Porque a doutrinação em ambiente dos encarnados?
- indaguei. - Semelhante medida é uma imposição
no trabalho desse teor?
- Não - explicou o instrutor -, não é um recurso
imprescindível. Temos variados agrupamentos de servidores do
nosso plano, dedicados exclusivamente a esse gênero de auxílio.
As atividades de regeneração em nossa colônia estão
repletas de institutos consagrados à caridade fraternal, no setor
de iluminação dos transviados. Os postos de socorro e
as organizações de emergência, nos diversos departamentos
de nossas esferas de ação, contam com avançados
núcleos de serviço da mesma ordem. Em determinados casos,
porém, a cooperação do magnetismo humano pode influir
mais intensamente, em beneficio dos necessitados que se encontrem cativos
das zonas de sensação, na crosta do Mundo. Mesmo aí,
contudo, a colaboração dos amigos terrenos, embora seja
apreciável, não constitui fator absoluto e imprescindível;
mas, quando é possível e útil, valemo-nos do concurso
de médiuns e doutrinadores humanos, não só para
facilitar a solução desejada, senão também
para proporcionar ensinamentos vivos aos companheiros envolvidos na
carne, despertando-lhes o coração para a espiritualidade.
O mentor fixou um sorriso e prosseguiu:
- Ajudando as entidades em desequilíbrio, ajudarão a si
mesmos; doutrinando, acabarão igualmente doutrinados."
Geralmente temos quatro tipos de participantes
em reuniões de desobsessão:
• Dirigente da Reunião
- Membro mais experiente, ele é responsável por conduzir
a reunião, toma decisões importantes e fica atento a qualquer
"problema” com os seus médiuns. Quando médiuns
novos são incorporados ao grupo ele é responsável
por ajudar no "afinamento" da ligação entre
o médium, seu mentor e espíritos necessitados.
• Médium de Caridade
– É o médium que recebe a ligação
(psicofônica) do espírito obsessor. Ele tem um papel importantíssimo
na reunião porque deve controlar o espírito que se liga
para que não tome as rédeas e faça aquilo que desejar.
Lembrem-se que o obsessor muitas vezes se encontra totalmente desequilibrado.
O médium de caridade expressa as palavras do espírito
comunicante, mas de uma forma mais respeitosa e controlada do que ele
faria se não estivesse ligado ao médium. A importância
da conduta do médium está aí, ele precisa ter
ascendência moral e espiritual sobre
o obsessor para que esse não use e abuse do seu instrumento.
No livro Nos Domínios da Mediunidade André
Luiz nos traz um ótimo exemplo da função e responsabilidade
do médium de caridade.
"Nesse ínterim, os condutores, obedecendo às
determinacões de Clementino, localizaram o sofredor ao lado de
Dona Eugênia.
O mentor da casa aproximou-se dela e aplicou-lhe forças magnéticas
sobre o córtex cerebral, depois de arrojar vários feixes
de raios luminosos sobre extensa região da glote.
Notamos que Eugênia-alma afastou-se do corpo, mantendo-se junto
dele, a distância de alguns centímetros, enquanto que,
amparado pelos amigos que o assistiam, o visitante sentava-se rente,
inclinando-se sobre o equipamento mediúnico ao qual se justapunha,
à maneira de alguém a debruçar-se numa janela.
Ante o quadro, recordei as operações do mundo vegetal,
em que uma planta se desenvolve à custa de outra, e compreendi
que aquela associação poderia ser comparada a sutil processo
de enxertia neuropsíquica.
Suspiros de alívio desprenderam-se do tórax mediúnico
que, por instantes, se mostrara algo agitado.
Observei que leves fios brilhantes ligavam a fronte de Eugênia,
desligada do veículo físico, ao cérebro da entidade
comunicante.
Porque eu lhe dirigisse um olhar de interrogação e estranheza,
Áulus explicou, prestimoso:
— É o fenômeno da psicofonia consciente ou trabalho
dos médiuns falantes. Embora senhoreando as forças de
Eugênia, o hóspede enfermo do nosso plano permanece controlado
por ela, a quem se imana pela corrente nervosa, através da qual
estará nossa irmã informada de todas as palavras que ele
mentalize e pretenda dizer. Efetivamente apossa-se ele temporariamente
do órgão vocal de nossa amiga, apropriando-se de seu mundo
sensório, conseguindo enxergar, ouvir e raciocinar com algum
equilíbrio, por intermédio das energias dela, mas Eugênia
comanda, firme, as rédeas da própria vontade, agindo qual
se fosse enfermeira concordando com os caprichos de um doente, no objetivo
de auxiliá-lo. Esse capricho, porém, deve ser limitado,
porque, consciente de todas as intenções do companheiro
infortunado a quem empresta o seu carro físico, nossa amiga reserva-se
o direito de corrigi-lo em qualquer inconveniência. Pela corrente
nervosa, conhecer-lhe-á as palavras na formação,
apreciando-as previamente, de vez que os impulsos mentais dele lhe percutem
sobre o pensamento sarnento como verdadeiras marteladas. Pode, assim,
frustrar-lhe qualquer abuso, fiscalizando-lhe os propósitos e
expressões, porque se trata de uma entidade que lhe é
inferior, pela perturbação e pelo sofrimento em que se
encontra, e a cujo nível não deve arremessar-se, se quiser
ser-lhe útil, O Espírito em turvação é
um alienado mental, requisitando auxilio. Nas sessões de caridade,
qual a que presenciamos, o primeiro socorrista é o médium
que o recebe, mas, se esse socorrista cai no padrão vibratório
do necessitado que lhe roga serviço, há pouca esperança
no amparo eficiente. O médium, pois, quando integrado nas responsabilidades
que esposa, tem o dever de colaborar na preservação da
ordem e da respeitabilidade na obra de assistência aos desencarnados,
permitindo-lhes a livre manifestação apenas até
o ponto em que essa manifestação não colida com
a harmonia necessária ao conjunto e com a dignidade imprescindível
ao recinto.
— Então — alegou Hilário —, nesses trabalhos,
o médium nunca se mantém a longa distância do corpo...
Sim, sempre que o esforço se refira a entidades em desajuste,
o medianeiro não deve ausentar-se demasiado. -. Com um demente
em casa, o afastamento é perigoso, mas se nosso lar está
custodiado por amigos cônscios de si, podemos excursionar até
muito longe, porqüanto o nosso domicílio demorar-se-á
guardado com segurança. No concurso aos irmãos desequilibrados,
nossa presença é imperativo dos mais lógicos."
Devido aos desgastes sofridos pelos médiuns
que se ligam aos espíritos sofredores, não é aconselhável
a participação em mais do que 2 reuniões semanais,
sobre esse tema retiramos o seguinte texto do livro Técnicas
da Mediunidade, de Carlos Torres Pastorino:
"- Por tudo isso, compreendemos que os médiuns não
podem trabalhar durante muito tempo seguido. Sendo o trabalho mediúnico
todo feito através do sistema nervoso, há grande desgaste
tanto dos corpúsculos de Nissl quanto das sinapses. Essa a razão
também de os médiuns, em muitos casos, saírem das
sessões com forte sensação de cansaço e
até de esgotamento, necessitando de alimentação
e repouso. Por isso também os obsidiados, e sobretudo os que
sofrem de possessão permanente, emagrecem e caem em prostração
e estafa nervosa, sendo necessário tratamento médico e,
quando gravemente atingidos, até de sonoterapia. Em vista disso,
os médiuns não devem trabalhar senão uma ou, no
máximo, duas vezes por semana, em sessões de desobsessão:
a recuperação tem que ser total, antes de ser-lhes solicitado
outro esforço básico e esgotante".
• Doutrinador –
Responsável por ajudar o obsessor. Ele conversa com o espírito
através do médium de caridade. O médium doutrinador
deve estar ciente do exemplo que deve dar através de uma vida
digna e respeitosa para que suas palavras sejam condizentes com seus
sentimentos e pensamentos. Em alguns lugares o médium Doutrinador
se liga aos mentores, realizando a desobsessão através
da psicofonia.
Se o Doutrinador estiver com o coração
aberto as inspirações divinas ele receberá a inspiração
dos amigos espirituais. Muitos médiuns relatam que falam sob
grande inspiração nas reuniões de desobsessão.
André Luiz nos fala um pouco sobre o
Doutrinador no livro Missionários da Luz:
"Estamos aqui numa escola espiritual. O doutrinador humano
encarrega-se de transmitir as lições. Você pode
registrar, porém, que, para ensinar com êxito, não
basta conhecer as matérias do aprendizado e ministrá-las.
Antes de tudo, é preciso senti-las e viver-lhes a substancialidade
no coração. O homem que apregoa o bem deve praticá-lo,
se não deseja que as suas palavras sejam carregadas pelo vento,
como simples eco dum tambor vazio. O companheiro que ensina a virtude,
vivendo-lhe as grandezas em si mesmo, tem o verbo carregado de magnetismo
positivo, estabelecendo edificações espirituais nas almas
que o ouvem. Sem essa característica, a doutrinação,
quase sempre, é vã."
• Médiuns de Passe
– A reunião de desobsessão demanda muita energia
por parte dos médiuns, principalmente os que realizam a ligação
com os obsessores, por isso em alguns lugares são utilizados
médiuns passistas para auxiliar na revitalização
dos médiuns de caridade.
Dentro do Templo
A espiritualidade possui lugares específicos
para que os obsessores recebam auxilio e que assistam as palestras nos
templos, no entanto, somente podem entrar aqueles que apresentam a condição
mínima para obter algum proveito. Os obsessores que ainda não
podem ser auxiliados são barrados na porta e ficam esperando
pelas vítimas do lado de fora. É por esse motivo que muitos
falam que quando estão no centro não pensam coisas ruins
ou se sentem muito bem e quando pisam do lado de fora tudo anda para
trás.
Sobre essa tema André Luiz nos traz
uma excelente reflexão no livro Nos Domínios da
Mediunidade:
"Logo após, um colaborador de nosso plano franqueou
acesso a numerosas entidades sofredoras e perturbadas, que se postaram,
diante da assembléia, formando legião.
Nenhuma delas vinha até nós, constrangidamente.
Dir-se-ia que se aglomeravam, em derredor dos amigos encarnados em prece,
quais mariposas Inconscientes, rodeando grande luz..
Vinham bulhentas, proferindo frases desconexas ou exclamações
menos edificantes, entretanto, logo que atingidas pelas emanações
espirituais do grupo, emudeciam de pronto, qual se fossem contidas por
forças que elas próprias não conseguiam perceber.
Atencioso, Aulus notificou:
— São almas em turvação mental, que acompanham
parentes, amigos ou desafetos às reuniões públicas
da Instituição, e que se desligam deles quando os encarnados
se deixam renovar pelas idéias salvadoras, expressas na palavra
dos que veiculam o ensinamento doutrinário. Modificado o centro
mental daqueles que habitualmente vampirizam, essas entidades vêem-se
como que despejadas de casa, porqüanto, alterada a elaboração
do pensamento naqueles a quem se afeiçoam, experimentam súbitas
reviravoltas nas posições em que falsamente se equilibram.
Algumas delas, rebeladas, fogem dos templos de oração
como este, detestando-lhes temporariamente os serviços e armando
novas perseguições às suas vítimas, que
procuram até o reencontro; contudo, outras, de algum modo tocadas
pelas lições ouvidas, demoram-se no local das predicações,
em ansiosa expectativa, famintas de maior esclarecimento."
Há casos de obsessão tão
forte que a ligação do obsessor continua mesmo após
a separação, sendo porém menos intensa que antes,
a vítima não consegue se sentir totalmente livre do algoz.
É por esse motivo que alguns sentem sonolência ou ficam
fazendo "piadinhas" durante a reunião, essa técnica
é utilizada pelo obsessor para que sua vítima não
assimile os ensinamentos da palestra, não entrando em sintonia
com o ambiente.
No livro Nos Domínios da Mediunidade
André Luiz chama essa ligação de Fusão
Magnética, como esclarece o texto a seguir:
"Conjugando nosso esforço, separamos, de alguma sorte,
o algoz da vitima, conquanto, segundo apontamento de nosso orientador,
continuassem unidos pela fusão magnética, mesmo a distância.
Companheiros de nossa esfera retiraram o Espírito obsidente,
encaminhando-o a certa organização socorrista.
Ainda assim, a doente gritava, afirmando estar à frente de medonho
estrangulador em vias de sufocá-la.
Aplicando-lhe passes de reconforto, Áulus esclareceu:
— Agora é apenas o fenômeno alucinatório,
natural em processos de fascinação como este. Perseguidor
e perseguida jazem na mais estreita ligação telepática,
agindo e reagindo mentalmente um sobre o outro.
Gradativamente, a enferma acalmou-se.
Finda a crise, perguntei ao nosso orientador sobre o remédio
definitivo à dolorosa situação, ao que respondeu
com grave entono:
— A doente está sendo preparada, tendo-se em vista uma
solução justa para o caso. Ela e o verdugo, em breve,
serão mãe e filho. Não há outra alternativa
na obtenção do trabalho redentor. Energias divinas do
amor puro serão mais profundamente tocadas em sua sensibilidade
de mulher e nossa irmã praticará o santo heroismo de acolhê-lo
no próprio seio..."
Nem todos os obsessores precisam "se ligar"
(psicofonia) a um médium para que larguem o obsediado.
Nem todos os obsessores largam suas vítimas
só porque ele entrou no centro e assistiu uma palestra.
Nem todo obsessor larga o obsediado porque
conversou com um Doutrinador.
Não existem regras para que a reunião
de caridade tenha sucesso. Na verdade conheço só uma:
Amor e Perdão, essa é a única regra para que obsessores
e obsediados encontrem a liberdade.
Existem obsediados se comprazem da ligação
com o obsessor e quando entram no templo percebem inconscientemente
que alguma coisa está faltando e acabam entrando em crise. É
muito triste esse quadro, porém é real, como relata André
Luiz no livro Missionários da Luz:
"Todo o perigo desses trabalhos está na ausência
de preparo dos nossos amigos da Crosta, os quais, na maioria das vezes,
alegando impositivos científicos, se furtam a comezinhos princípios
de elevação moral. Quando não se verifica o devido
cuidado por parte deles, o fracasso pode assumir características
terríveis, porque os irmãos que estabelecem as fronteiras
vibratórias, no exterior do recinto, não podem impedir
a entrada das entidades inferiores, absolutamente integradas com as
suas vítimas terrenas. Há obsidiados que se sentem tão
bem na companhia dos perseguidores, que imitam as mães terrestres
agarradas aos filhos pequeninos, penetrando recintos consagrados a certos
serviços, com que não se compadece ainda o espírito
infantil. Quando os amigos menos avisados ingressam na tarefa em tais
condições, as ameaças são verdadeiramente
inquietantes."
Água Fluidificada e Passe
A água é ótimo veículo
para transmitir as energias espirituais, sejam elas benéficas
ou enfermiças. Altamente receptiva, a água quando fluidificada
por médiuns que seguem os ensinamentos cristãos possui
o poder de curar e revitalizar.
O Passe é uma doação
energética de fluidos físicos e espirituais, que sob a
ação de médiuns voluntariosos tem o poder de vitalizar
e curar. Jesus, apóstolos e seguidores do cristianismo curaram
muitas pessoas através da imposição das mãos.
O obsediado encontra-se enfraquecido e desequilibrado,
por isso a transfusão energética é muito importante
para lhe dar ânimo e bem estar, estimulando sua renovação.
No livro Mediunidade de Cura
Ramatís nos fala sobre a água fluidificada:
"A água é elmento energético e ótimo
veículo para transmitir fluidos benéficos ao organismo
humano. Ela é sensível aos princípios radioativos
emanados do Sol e também ao magnetismo áurico do perispírito
humano."
Emmanuel também nos
fala sobre a água fluidificada:
" A água é um dos elementos mais receptivos da
Terra e no qual a medicação do Céu pode ser impressa
através de recursos substanciais de assistência ao corpo
e a alma....
A água recebe-nos a influenciação ativa de força
magnética e princípios terapêuticos que aliviam
e sustentam, que ajudam e curam."
No livro Nos Domínios da Mediunidade
André Luiz mostra a magnetização da água
e seus benefícios:
"Pequeno cântaro de vidro, com água pura, foi
trazido à mesa.
E porque Hilário perguntasse se iríamos assistir a alguma
cerimônia especial, o Assistente explicou, afável:
- Não, nada disso. A água potável destina-se a
ser fluidificada. O líquido simples receberá recursos
magnéticos de subido valor para o equilíbrio psicofísico
dos circunstantes.
Com efeito, mal acabávamos de ouvir o apontamento, Clementino
se abeirou do vaso e, de pensamento em prece, aos poucos se nos revelou
coroado de luz.
Daí a instantes, de sua destra espalmada sobre o jarro, partículas
radiosas eram projetadas sobre o líquido cristalino que as absorvia
de maneira total.
- Por intermédio da água fluidificada – continuou
Áulus -, precioso esforço de medicação pode
ser levado a efeito. Há lesões e deficiências no
veículo espiritual a se estamparem no corpo físico, que
somente a intervenção magnética consegue aliviar,
até que os interessados se disponham á própria
cura."
É importante lembrar porém que
a receptividade do obsediado é de extrema importância para
receber os benefícios da doação energética.
Se o paciente não se colocar na postura de receber ele não
conseguirá se beneficiar completamente do auxílio ministrado.
Sobre esse tema André Luiz traz um ótimo exemplo no livro
Nos Domínios da Mediunidade:
"Obsidiados ganhavam ingresso no recinto, acompanhados de frios
verdugos, no entanto, com
o toque dos médiuns sobre a região cortical, depressa
se desligavam, postando-se, porém, nas vizinhanças, como
que à espera das vítimas, com a maioria das quais se reacomodavam,
de pronto. Alinhando apontamentos, começamos a reparar que alguns
enfermos não alcançavam a mais leve melhoria.
As irradiações magnéticas não lhes penetravam
o veículo orgânico.
Registrando o fenômeno, a pergunta de Hilário não
se fez esperar.
— Por quê?
— Falta-lhes o estado de confiança — esclareceu o
orientador.
— Será, então, indispensável a fé
para que registrem o socorro de que necessitam?
— Ah! sim. Em fotografia precisamos da chapa impressionável
para deter a imagem, tanto quanto em eletricidade carecemos do fio sensível
para a transmissão da luz. No terreno das vantagens espirituais,
é imprescindível que o candidato apresente uma certa “tensão
favorável”. Essa tensão decorre da fé. Certo,
não nos reportamos ao fanatismo religioso ou à cegueira
da ignorância, mas sim à atitude de segurança íntima,
com reverência e submissão, diante das Leis Divinas, em
cuja sabedoria e amor procuramos arrimo. Sem recolhimento e respeito
na receptividade, não conseguimos fixar os recursos imponderáveis
que funcionam em nosso favor, porque o escárnio e a dureza de
coração podem ser comparados a espessas camadas do gelo
sobre o templo da alma.
A lição fora simples e bela.
Hilário calou-se, talvez para refletir sobre ela, em silêncio.
Sem descurar dos nossos objetivos de estudo, Aulus considerou a conveniência
de nosso contacto direto com o serviço em ação.
Seria interessante para nós a auscultação de algum
dos casos em foco.
Para isso, aproximou-se de idosa matrona que acabava de entrar, à
cata de auxilio e, com permissão de Conrado, convidou-nos a examiná-la
com cuidado possível.
A senhora, aguardando o concurso de Clara, sustentava-se dificilmente
de pé, com o ventre volumoso e o semblante dolorido.
— Observem o fígado!
Utilizamo-nos dos recursos ao nosso alcance passamos a analisar.
Realmente, o órgão mencionado demonstrava a dilatação
característica das pessoas que sofrem de insuficiência
cardíaca. As células hepáticas pareceram-me vasta
colmeia, trabalhando sob enorme perturbação. A vesícula
congestionada impeliu-me a imediata inspecção do intestino.
A bile comprimida atingira os vasos e assaltava o sangue. O colédoco
interdito facilitava o diagnóstico. Ligeiro exame da conjuntiva
ocular confirmava-me a impressão.
A icterícia mostrava-se insofismável.
Após ouvir-me, Conrado reafirmou:
— Sim, é uma icterícia complicada. Nasceu de terrível
acesso de cólera, em que nossa amiga se envolveu no reduto doméstico.
Rendendo-se, desarvorada, à irritação, adquiriu
renitente hepatite, da qual a icterícia é a conseqüência.
— E como será socorrida?
Conrado, impondo a destra sobre a fronte da médium, comunicou-lhe
radiosa corrente de forças e inspirou-a a movimentar as mãos
sobre a doente, desde a cabeça até o fígado enfermo.
Notamos que o córtex encefálico se revestiu de substância
luminosa que, descendo em fios tenuíssimos, alcançou o
campo visceral.
A senhora exibiu inequívoca expressão de alívio,
na expressão fisionômica, retirando-se visívelmente
satisfeita, depois de prometer que voltaria ao tratamento.
Hilário fixou os olhos interrogadores no Assistente que nos acompanhava,
solícito, e indagou:
— Nossa irmã estará curada?
— Isso é impossível — acentuou Áulus,
paternal —; temos aí órgãos e vasos comprometidos.
O tempo não pode ser desprezado na solução.
— E em que bases se articula semelhante processo de curar?
— O passe é uma transfusão de energias, alterando
o campo celular. Vocês sabem que na própria ciência
humana de hoje o átomo não é mais o tijolo indivisível
da matéria... que, antes dele, encontram-se as linhas de força,
aglutinando os princípios subatômicos, e que, antes desses
princípios, surge a vida mental determinante... Tudo é
espírito no santuário da Natureza. Renovemos o pensamento
e tudo se modificará conosco. Na assistência magnética,
os recursos espirituais se entrosam entre a emissão e a recepção,
ajudando a criatura necessitada para que ela ajude a si mesma. A mente
reanimada reergue as vidas microscópicas que a servem, no templo
do corpo, edificando valiosas reconstruções. O passe,
como reconhecemos, é importante contribuição para
quem saiba recebê-lo, com o respeito e a confiança que
o valorizam.
— E pode, acaso, ser dispensado a distância?
— Sim, desde que haja sintonia entre aquele que o administra e
aquele que o recebe. Nesse caso, diversos companheiros espirituais se
ajustam no trabalho do auxílio, favorecendo a realização,
e a prece silenciosa será o melhor veículo da força
curadora."
Desligamento do Obsessor
Muitas vezes desconhecemos os motivos da obsessão
que hoje aparece sob os nossos olhos, às vezes a ligação
espiritual se arrasta por vidas consecutivas, onde verdugos se transformam
em vítimas e vítimas se tornam algozes.
Por isso a postura do médium deve ser
imparcial, não podemos julgar ou criticar.
Dependendo do caso em questão o obsessor
não pode ser separado da vítima, com sérios riscos
a integridade do obsediado. Por isso a espiritualidade trabalha para
no momento certo realizar a separação e harmonização
entre os envolvidos.
Temos vários trechos que explicam de maneira clara o problema,
todos foram retirados da série de André Luiz, escrita
por Chico Xavier:
Nos Domínios da Mediunidade
" Ao passo que a doente gemia de estranho modo, amparada pelo
esposo e por Raul, que se esmerava no auxílio, Hilário,
espantado, indagou:
— Tão doloroso fenômeno é comum?
— Muito generalizado nos processos expiatórios em que os
Espíritos acumpliciados na delinqUência descambam para
a esfera vibratória dos brutos — esclareceu nosso orientador,
coadjuvando em benefício da enferma, cujo cérebro prosseguia
governado pelo insensível perseguidor como brinquedo em mãos
de criança.
— E por que não separar de vez o algoz da vítima?
— Calma, Hilário! — ponderou o Assistente. Ainda
não examinamos o assunto em sua estrutura básica. Toda
obsessão tem alicerces na reciprocidade. Recordemos o ensinamento
de nosso Divino Mestre. Não basta arrancar o joio. É preciso
saber até que ponto a raiz dele se entranha no solo com a raiz
do trigo, para que não venhamos a esmagar um e outro. Não
há dor sem razão. Atendamos, assim, à lei da cooperação,
sem o propósito de nos anteciparmos à Justiça Divina."
Entre o Céu e a Terra
"Hilário e eu, instintivamente abeiramo-nos de Odila
para afastá-la com a presteza Possível, mas o instrutor
generoso deteve-nos com um gesto, advertindo:
— A violência não ajuda. As duas se encontram ligadas
uma a outra. Separá-las à força seria a dilaceração
de consequências imprevisíveis. A exasperação
da mulher desencarnada pesaria demasiado sobre os centros cerebrais
de Zulmira e a lipotimia poderia acarretar a paralisia ou mesmo a morte
do corpo.
— Mas, então — clamou Hilário, contrafeito
—, como extinguir essa união indébita? Não
será justo afastar o algoz da vítima?
Clarêncio sorriu e ponderou:
— Aqui, o quadro é diverso. Na esfera carnal, a cápsula
física é precioso isolante das energias desequilibradas
de nossa mente, entretanto, em nosso plano de ação, no
problema que observamos, essas forças desbordam ameaçadoras
sobre a infortunada mulher, cujo corpo pode ser comparado a uma lâmpada
de fraca receptividade, sobre a qual seria perigoso arremessar uma corrente
superior à capacidade de resistência a que se enquadra.
A inutilização seria completa.
— Que poderíamos fazer? — indagou Hilário,
desapontado.
— Precisamos atuar na elaboração dos pensamentos
da infortunada irmã que tomou a iniciativa da perseguição.
É imprescindível dar outro rumo à vontade dela,
deslocando-lhe o centro mental e conferindo-lhe outros interesses e
diferentes aspirações.
— E não podemos começar, exortando-a?
O Ministro, sereno, obtemperou sem alterar-se:
— Talvez, assim de momento, não pudéssemos ou não
soubéssemos. A preparação é indispensável."
Sexo e Destino
"Não merecerá, porventura, fraterna demonstração
de caridade, a fim de livrar-se de tão temíveis obsessores?
Félix sorriu francamente bem-humorado e ex-plicou:
— «Temíveis obsessores» é a definição
que você dá. — E avançou: — Cláudio
desfruta excelente saúde física. Cérebro claro,
raciocínio seguro. É inteligente,
maduro, experimentado.
Não carrega inibições corpóreas que o recomendem
a cuidados especiais.
Sabe o que quer.
Possui materialmente o que deseja. Permanece no tipo de vida que procura.
É
natural que esteja respirando a influência das companhias que
julgue aceitáveis.
Retém liberdade ampla e valiosos recursos de instrução
e discernimento para
juntar-se aos missionários do bem que operam entre os homens,
assegurando
edificação e felicidade a si mesmo. Se elege para comensais
da própria casa os
companheiros que acabamos de ver, é assunto dele. Enquanto nos
arrastávamos,
tolhidos pela carne, não nos ocorreria a idéia de expulsar
da residência alheia as
pessoas que não se harmonizassem conosco. Agora, vendo o mundo
e as coisas
do mundo, de mais alto, não será cabível modificar
semelhante modo de proceder.
O tema desdobrava-se, assumindo aspectos novos.
Curioso, interferi:
— Mas, irmão Félix, é importante convir que
Cláudio, liberto, poderia ser mais
digno...
— Isso é perfeitamente lógico — confirmou.
Ninguém nega.
— E por que não dissipar de vez os laços que o prendem
aos malandros que o
exploram?
O alto raciocínio da Espiritualidade superior jorrou, pronto:
— Cláudio certamente não lhes empresta o conceito
de vagabundos. Para ele,
são sócios estimáveis, amigos caros. Por outro
lado, ainda não investigamos a
causa da ligação entre eles para cunhar opiniões
extremadas. As circunstâncias podem ser saudáveis ou enfermiças
como as pessoas, e, para tratarmos um doente com segurança, há
que analisar as raízes do mal e confirmar os sintomas, aplicar
medicação e estudar efeitos. Aqui, vemos um problema pela
rama. Quando terá nascido a comunhão do trio? Os vínculos
serão de agora ou de existências
passadas? Nada legitimaria um ato de violência da nossa parte,
com o intuito de
separá-los, a titulo de socorro. Isso seria o mesmo que apartar
os pais generosos
dos filhos ingratos ou os cônjuges nobres dos esposos ou das esposas
de condição inferior, sob o pretexto de assegurar limpeza
e bondade nos processos da evolução.
A responsabilidade tem o tamanho do conhecimento. Não dispomos
de meios
precisos para impedir que um amigo se onere em dívidas escabrosas
ou se despenque em desatinos deploráveis, conquanto nos seja
lícito dispensar-lhe o auxílio possível, a fim
de que se acautele contra o perigo no tempo viável, sendo de
notar-se que as autoridades superiores da Espiritualidade chegam a suscitar
medidas especiais que impõem aflições e dores de
importância aparente a determinadas pessoas, com o objetivo de
livrá-las da queda em desastres morais iminentes, quando mereçam
esse amparo de exceção. Na Terra, a exata justiça
apenas cerceia as manifestações de alguém, quando
esse alguém compromete o equilíbrio e a segurança
dos outros, na área de responsabilidade que a vida lhe demarca,
deixando a cada um a regalia de agir como melhor lhe pareça.
Adotaremos princípios que valham menos, perante as normas que
afiançam a harmonia entre os homens?"
Desligamento por Mudança Vibratória
do Obsediado
Sexo e Destino
"O genitor escutava-os, ralado de angústia. Daria o
que tivesse para traduzir
aqueles vagidos de criança inconsciente... Conjeturou, porém,
que eles exprimiam
padecimentos físicos inenarráveis e agoniou-se em choro
convulsivo. O exvampirizador,
transfigurado em servo diligente, ergueu-se, presto, e veio abraçá-lo,
no intuito de propiciar-lhe reconforto, mas notei que os dois amigos
jaziam, agora,
perto e longe um do outro. Juntos por fora e distantes por dentro. Ombros
unidos e
pensamentos opostos. Moreira fora atingido pelos acontecimentos, mas
não tanto.
Patenteava enorme afeição por Marita, lutava por ela,
mas, no fundo, não escondia
o propósito de seguir controlando Cláudio, no resguardo
de seu próprio interesse.
Identificando o parceiro tocado no coração pelos sentimentos
edificantes que a
leitura lhe sugerira, revelava o desapontamento semelhante ao de um
pianista que
surpreendesse o instrumento favorito com as teclas mudas.
Alarmado, desfechou-me perguntas. Sosseguei-o, afirmando que o cérebro
de
Nogueira se anulava, naquele instante, por arrasadoras comoções;
entanto, no
íntimo, certificara-me de que ele havia dado um passo adiante
e de que o companheiro
menos feliz deveria elevar-se no mesmo diapasão para desfrutar-lhe
a
convivência, se não quisesse perder-lhe a companhia."
Existem casos onde é necessário
afastar o obsessor contra a sua vontade, isso é utilizado como
última opção. No livro Sexo e Obsessão,
escrito por Divaldo Pereira Franco, através do espírito
Manoel P. de Miranda encontramos a seguinte passagem:
"Considerando-se que o amigo espiritual atendido não
estava interessado na própria renovação, trazê-lo
a contragosto a esta reunião de esclarecimento e de libertação,
não incidiria em violência contra o seu livre-arbitrio?
Com paciência e sabedoria o interrogado esclareceu-me:
- O livre arbítrio é concessão divina que tem caráter
relativo, não podendo se facultado sem responsabilidade por aqule
que o utiliza. No caso em tela, a fim de auxiliarmos Mauro, que necessita
de recuperar-se dos maes praticados, somos convidados a contribuir em
favor de todos aqqueles que se encontram enredados nas teias dos problemas
desencadeados pla insânia dele. E porque o mal que Jean-Michel
– este é o nome que teve na reencarnação
anterior- persiste em preservar, arrastando o seu inimigo e a si mesmo
desvairando, não pode permanecer indefinidamente, o nosso ato
é de misericórdia e de compaixão, não constituindo
violência, porque o seu discernimento encontra-se obliterado pela
paixão alucinada. Qual ocorre com crianças e jovens, ou
mesmo com adultos sem amadurecimento psicológico e moral, determinadas
decisões não necessitam de passar-lhes pelo crivo da opinião,
porque destituído de discernimento não saberiam o que
ou como fazer. Não poucas vezes, determinados tratamentos cirúrgicos
e psiquiátricos são decididos pela família do paciente,
mesmo que sem o seu consentimento, a fim de salvar-lhe a existência.
A responsabilidade é o melhor aval para a utilização
do livre-arbítrio, mas que ainda falta a muitos espíritos
durante o seu atual processo de evolução"
O tempo para curar
a Obsessão
Retiramos do livro Missionários
da Luz as passagens que explicam a necessidade do tempo e paciência
para a cura da obsessão.
"- Por este motivo, André, ainda mesmo para o psiquiatra
esclarecido à luz do Espiritismo cristão, a maioria dos
casos desta ordem é francamente desconcertante. Em virtude dos
ascendentes sentimentais, cada problema destes exige solução
diferente. Além disso, importa notar que os nossos companheiros
encarnados observam somente uma face da questão, quando cada
processo desse teor se caracteriza por aspectos infinitos, com vistas
ao passado dos protagonistas encarnados e desencarnados. Diante do obsidiado,
fixam apenas um imperativo imediato - o afastamento do obsessor. Mas,
como rebentar, de um instante para outro, algemas seculares, forjadas
nos compromissos recíprocos da vida em comum? Como separar seres
que se agarram uns aos outros, ansiosamente, por compreenderem que na
dor de semelhante união permanece o preço do resgate indispensável?
Efetivamente, não faltam os casos, raros embora, de libertação
quase instantânea. Ai, porém, vemos o fim de laborioso
processo redentor, ou então encontramos o doente que, de fato,
faz violência a si mesmo, a fim de abreviar a cura necessária.
Examinando a extensão dos obstáculos ao restabelecimento
completo dos enfermos psíquicos, considerei:
- Depreende-se então que...
Alexandre, porém, não me deixou terminar. Cortando-me
a frase inoportuna, respondeu:
- Já sei o que vai dizer. Verificando as dificuldades que relaciono
para o seu aprendizado natural, você pergunta se não será
infrutífero o nosso trabalho e se não será melhor
entregar o obsidiado à própria sorte. Esta observação,
contudo, é um contra-senso. Se você estivesse na Terra,
ainda na carne, e visse um filho amado, em condições pré-agônicas,
totalmente desenganado pela medicina humana, teria coragem de abandoná-lo
ao sabor das circunstâncias? Não confiaria nalgum recurso
inesperado da Providência Divina? Não aguardaria, ansioso,
a manifestação favorável da Natureza? Quem está
firmemente no âmago do coração de um homem, nosso
irmão, para dizer, com certeza matemática, se ele vai
reagir contra o mal ou deixar de fazê-lo, se pretende o repouso
ou o trabalho ativo? Não podemos, desse modo, mobilizar qualquer
argumento intelectual para fugir ao nosso dever de assistência
fraterna ao ignorante e sofredor. Urge atender à nossa parte
de obrigação imediata, compreendendo que a construção
do amor é também uma obra de tempo. Nenhuma palavra, nenhum
gesto ou pensamento, nos serviços do bem, permanece perdido.
...
A jovem que reagia contra a perigosa atuação dos habitantes
das sombras, demonstrava regular normalidade em seu aparelho fisiológico.
Semelhava-se a alguém que movimentava todas as possibilidades
da defensiva para conservar intacto o equilíbrio da própria
casa; entretanto, os demais exibiam lamentáveis condições
orgânicas. A desventurada possessa apresentava sérias perturbações,
desde o cérebro até os nervos lombares e sacros, demonstrando
completa desorganização do centro da sensibilidade, além
de lastimável relaxamento das fibras motoras. Tais desequilíbrios
não se caracterizavam apenas no sistema nervoso, mas igualmente
nas glândulas em geral e nos mais diversos órgãos.
Nos demais obsidiados, os fenômenos de degradação
física não eram menores. Dois deles revelavam estranhas
intoxicações no fígado e rins. Outro mostrava singular
desequilíbrio do coração e pulmões, tendendo
à insuficiência cardíaca em conúbio com a
pré-tuberculose avançada.
Enquanto examinava, atento, aqueles inquietantes quadros clínicos,
o orientador encarnado da assembléia, fazendo-se intérprete
de grandes benfeitores do nosso plano de ação, espalhava
o amor cristão e a sabedoria evangélica, a longos jorros,
efetuando, com extrema fidelidade ao Cristo, a semeadura da caridade,
da luz, do perdão.
Desejando a minha elevação nas atividades construtivas,
Alexandre aproximou-se de mim e observou:
- Repare no serviço de fraternidade legitima. Não temos
o milagre das transformações repentinas, nem a promoção
imediata, aos planos mais elevados, dos que se demoram no campo inferior.
A tarefa é de sementeira, de cuidado, persistência e vigilância.
Não se quebram grilhões de muitos séculos num instante,
nem se edifica uma cidade num dia. É indispensável desgastar
as algemas do mal, com perseverança, e praticar o bem, com ânimo
evangélico."
Palavras do Instrutor Espiritual sobre o Tratamentento
a Obsediados
O trecho abaixo foi retirado do livro Missionários
da Luz, quando André Luiz solicita ao instrutor espiritual
informações gerais sobre o tratamento aos obsidiados.
"Valendo-me da hora, acerquei-me de Alexandre, para não
perder as suas lições alusivas ao assunto, e indaguei:
- Como atingir as conclusões finais, no tratamento aos obsidiados?
Ele sorriu e respondeu:
- Em todas as nossas atividades de socorro há sempre imenso proveito,
ainda mesmo quando a sua extensão não seja perceptível
ao olhar comum. E qualquer doente dessa natureza que se disponha a cooperar
conosco, em benefício próprio, colaborando decididamente
na restauração de suas atividades mentais, regenerando-se
à luz da vida renovada no Cristo, pode esperar o restabelecimento
da saúde relativa do corpo terrestre. Quando a criatura, todavia,
roga a assistência de Jesus com os lábios, sem abrir o
coração à influência divina, não deve
aguardar milagres de nossa colaboração.
Podemos ajudar, socorrer, contribuir, esclarecer; não é,
porém, possível improvisar recursos, cuja organização
é trabalho exclusivo dos interessados. - Penaliza-me, porém,
o quadro clínico dos obsidiados infelizes - considerei, sob forte
impressão. - Quão dolorosa a condição física
de cada um! – Sim, sim! - revidou o instrutor - o problema da
responsabilidade não se circunscreve a palavras. É questão
vital no caminho da vida. Preservando os seus filhos contra os perigos
do rebaixamento, criou Deus o aparelhamento das luzes religiosas, acordando
as almas para a glorificação imortal. Raros homens, entretanto,
se dispõem a respeitar os desígnios da Religião,
olvidando, voluntariamente, que as menores quedas e mínimas viciações
ficam impressas na alma, exigindo retificação. Você
está observando aqui alguns pobres obsidiados em processo positivo
de tratamento, mas esquece que inúmeras criaturas, ainda na carne,
não obstante informadas pela Religião quanto às
necessidades do espírito, se deixam empolgar pelo apego vicioso
ao campo de sensações de vária ordem, contraindo
débitos, assumindo compromissos pesados e arrastando companheiros
outros em suas aventuras menos dignas, forjando laços fortes
para os dolorosos dramas de obsessão do futuro.
E, depois de sorrir paternalmente, acrescentou: - Que deseja você?
É certo que devemos trabalhar tanto quanto esteja ao nosso alcance,
pelo bem do próximo; todavia, não podemos exonerar os
nossos semelhantes das obrigações contraídas. O
servo fiel não é aquele que chora ao contemplar as desventuras
alheias, nem o que as observa, de modo impassível, a pretexto
de não interferir no labor da justiça. O sentimentalismo
doentio e a frieza correta não edificam o bem. O bom trabalhador
é o que ajuda, sem fugir ao equilíbrio necessário,
construindo todo o trabalho benéfico que esteja ao seu alcance,
consciente de que o seu esforço traduz a Vontade Divina."
14. Umbanda e Espiritismo
Sempre fui um curioso pela Umbanda e conheci
em algumas oportunidades o trabalho de desobsessão realizado
pelos nossos queridos amigos, decidi então citar algumas informações
que me foram passadas e outras que observei ou busquei em livros.
Gostaria de deixar bem claro que estou aqui
falando sobre Umbanda e NÃO Quimbanda ou Candomblé.
Nessas duas formas de expressão espiritual existe morte de animais
e a desobsessão muitas vezes é realizada através
do aprisionamento do obsessor, que permance encarcerado enquanto existe
interesse em proteger o obsediado. Um dia o verdugo se liberta e volta
para sua vítima com um ódio maior ainda. Alguns lugares
"cobram"para afastar espíritos obsessores, nunca freqüente
esses lugares ou participe dessas reuniões.
Não se pode cobrar pelas bênçãos
espirituais. O caminho dos centros espíritas e terreiros de Umbanda
pode ser mais longo e exigir um pouco mais de paciência, mas com
certeza é mais seguro, buscando sempre a transformação
interior do paciente.
Existe uma diferença básica
para quem foi a uma sessão de desobsessão em um Centro
Espírita e na Umbanda. Geralmente temos no centro espírita
a possibilidade de conversa com o espírito sofredor, na Umbanda
vemos a maior parte das vezes o médium desabar e parecer que
está amarrado, a entidade poucas vezes se pronuncia e a sensação
que passa é que ela foi levada a força.
Uma vez um preto-velho me informou que "a
maior parte" dos obsessores atendidos na Umbanda são espíritos
mais agressivos e de difícil diálogo. O método
aplicado pelas tendas Umbandistas se adequa melhor a esse tipo de obsessor.
Também são tratados espíritos que realizam feitiços
e magia negra. Os Pretos-Velhos são experientes "desfazedores"
de trabalhos, os Caboclos são hábeis manipuladores de
energias da natureza e os Exus são especializados em lidar com
as baixas energias do plano astral.
Em centros espíritas são levados
os espíritos de mais fácil diálogo e que se adequam
melhor ao tipo de procedimento aplicado.
Muitas entidades trabalham como preto-velho
na Umbanda e como doutores ou senhores no centro espírita. Para
ter maiores exemplos consulte os livros Tambores de Angola
e Aruanda de Robson Pinheiro. Retirei o seguinte trecho
do livro Tambores de Angola:
"Perfeitamente, Ângelo. A presença de vocês
aqui é uma prova disso. Da mesma forma, temos muitos dos nossos
trabalhando nos centros kardecistas, auxiliando aqui e ali, nos trabalhos
de cura e desobsessão. O fato de nós trabalharmos em conjunto
não nos faz robôs, não pensamos de maneira idêntica.
Guardamos a nossa opção íntima, e, afinal - disse,
sorrindo - nisso está a verdadeira fraternidade, que nos amemos
uns aos outros e respeitemos as convicções pessoais, pois,
se os métodos de trabalho se multiplicam ao infinito, o Senhor
da vinha permanece sendo um só, Jesus ou Oxalá."
Pode acontecer durante um trabalho de auxílio
espiritual que alguns obsessores sejam levados para tratamento no centro
espírita e outros na tenda de Umbanda. Diferente de nós
os espíritos desencarnados não separam o trabalho, todos
são irmãos que de formas diferentes contribuem para o
auxílio das ovelhas perdidas. Retirei os trechos abaixo do livro
Tambores de Angola:
"...que deveríamos esperar mais um pouco, pois
ela gostaria que ele fosse capturado e conduzido para uma casa espírita,
onde poderia passar pela terapia espiritual que normalmente é
chamada de desobsessão, enquanto ela e seus trabalhadores ficariam
responsáveis pela falange de espíritos mais perigosos,
encaminhando-os, no devido tempo, para o tratamento adequado, numa casa
espírita ou numa tenda umbandista.
...
Meus filhos, vocês sabem que estas ações mais ou
menos pesadas, que são realizadas nos subplanos astrais, são
uma especialidade desses espíritos que conosco militam nas falanges
abençoadas da Umbanda. Muitas vezes realizamos ação
conjunta com os mentores e orientadores de outras linhas de atividades,
como a dos nossos irmãos espíritas. No entanto, temos
dificuldades quanto a muitos centros espíritas, que ainda guardam
reservas quanto aos nossos trabalhadores, que se manifestam como caboclos
ou pretos velhos. Assim sendo, gostaríamos de rogar aos companheiros
que nos auxiliem, conduzindo alguns espíritos para as reuniões
de tratamento desobsessivo nas mesas espiritistas pois, se forem conduzidos
aos nossos núcleos umbandistas, encontraremos dificuldades para
o seu esclarecimento. Ainda guardam preconceitos em relação
aos nossos rituais e métodos de trabalho, o que não lhes
condenamos; por isso, requerem outras formas de despertamente de suas
consciências, e acredito que para isso a doutrina espírita
tem recursos imensos. Enquanto vocês os conduzem para a terapia
espírita nós iremos tomar conta dos espíritos que
se fazem acessíveis às nossas atividades espirituais e
dos que necessitam de métodos mais drásticos de aprendizado
para o seu despertamento. Neste caso, segundo acreditamos em nossa tenda,
a Umbanda é especializada, pois muitos encarnados e desencarnados
não conseguem acordar para a realidade espiritual apenas com
o esclarecimento tal como ocorre em muitas casas espíritas. Acredito
que podemos trabalhar em conjunto, visando ao mesmo objetivo, que é
a elevação moral de nossas almas."
15. Desobsessão
no Astral
Muitos obsessores são auxiliados sem
precisar participar de uma reunião de caridade, ligando-se a
médiuns para serem doutrinados.
Quando o desencarnado possui uma brecha para
auxílio os espíritos superiores se tornam visíveis
e conversam com eles. Temos também casos de espíritos
que já se renovaram mas ainda não conseguiram sublimar
suas virtudes, eles funcionam como interpretes dos espíritos
superiores para diálogos com os espíritos inferiores.
Retiramos um trecho do livro Missionários da Luz
que mostra perfeitamente esse exemplo de doutrinação:
"As entidades inferiores que rodeavam os doentes compareciam
em grande número. Nenhuma delas nos registrava a presença,
em virtude do baixo padrão vibratório em que se mantinham,
mas se sentiam à vontade, no contacto com os companheiros encarnados.
Permutavam impressões, entre si, com grande interesse, e através
das conversações deixavam perceber seus terríveis
projetos de ataque e vingança.
Seguia-lhes atentamente a movimentação, quando fui surpreendido
com a chegada de dois amigos de nosso plano, para os quais olharam os
obsessores, com certo receio.
- São nossos intérpretes junto das entidades perseguidoras
- exclamou Alexandre, elucidando-me. - Em virtude da condição
em que se encontram, podem ser percebidos por elas e manter estreita
ligação conosco, ao mesmo tempo. Assinalando a serenidade
com que sorriam para nós, sem partilharem de entendimento direto
com os instrutores de nossa esfera, ali presentes, ouvi o meu orientador
explicar:
- Já se encontram de posse das instruções precisas
aos trabalhos da noite.
As criaturas desencarnadas, que se congregavam ali em dolorosa perturbação,
retificaram, de algum modo, a linguagem que lhes era própria,
ao avistarem os dois missionários. Verifiquei, pela modificação
havida, que ambos eram já conhecidos de todas."
16. Brincadeiras Espirituais – Perigo de
Obsessão
Entre as brincadeiras espirituais mais conhecidas
estão:
• A brincadeira do copo, onde algumas
pessoas se reúnem e ficam com a mão sobre o copo e esperam
para ver se ele mexe.
• A brincadeira da caneta, onde uma
ou mais pessoas se reúnem, desenhando o alfabeto e números
em uma folha. O espírito mexe a caneta até as letras e
os números.
• O Tablado, parecido com a brincadeira
do copo só que o desenho é realizado em um tablado de
madeira. Pode-se utilizar o copo ou outro tipo de instrumento para navegar
no tablado.
A brincadeira em si não faz muita diferença,
o problema maior se encontra na seguinte afirmação:
"Os brincalhões CHAMAM os espíritos
para se comunicar e ficam fazendo perguntas!!!"
Aquele que atende ao chamado foi convidado
e no seu entendimento as respostas dadas podem ser consideradas favores
para os que estão participando da brincadeira.
Uma hora o espírito comunicante vai
querer a compensação desses "favores". Ele assim
procede por ser um espírito ainda preso ao mundo físico,
onde é muito comum as leis de compensação.
Os espíritos nobres que entram em contato
através de médiuns preparados e amorosos nada cobram,
nada exigem, fazem a sua parte por amor a Jesus e a Humanidade. Esses
tarefeiros do bem não tem tempo disponível para ficar
brincando com curiosos, por isso se tem alguém respondendo perguntas
em brincadeiras espirituais, esse alguém é um "espírito
inferior".
Vamos explicar primeiro o que acontece. Na
maioria das vezes a brincadeira acontece se próximo (participando
ou não) estiver um médium, que auxiliará doando
o material etérico (ectoplasma) necessário para mexer
o objeto ou terá maior facilidade para entrar em contato com
os espíritos e mexer a caneta. A forma utilizada vai depender
do tipo de brincadeira.
Se pararmos para pensar um pouco chegaremos
à conclusão que os espíritos sérios não
tem tempo para responder brincadeiras de encarnados QUE NÃO
TEM O QUE FAZER!!
Por isso podemos tentar adivinhar quem vai
responder ao chamado para brincadeira.... Espíritos inferiores
que estejam próximos, sejam eles brincalhões, inconscientes
da sua situação ou vingadores.
Dada a formação moral do interlocutor
já podemos tentar adivinhar as conseqüências....
onforme o espírito responde ele se acha
no direito de se ligar aos encarnados, já que foi por eles convidado.
Após as "apresentações
iniciais" tudo começa!!! Esse é um tipo de brecha
que possibilita a obsessão, fascinação e vampirização.
O obsessor tudo fará para que as brincadeiras continuem, ampliando
seu domínio sobre os que participam.
Infelizmente eu passei por uma situação
parecida ainda muito novo, aos 15 anos, e posso atestar como é
difícil se desligar desse tipo de vinculo. Geralmente o mais
prejudicado do grupo de brincalhões é o médium,
prato favorito dos obsessores.
Para aqueles que desejam maiores informações
existe um romance espírita chamado Copos que Andam,
da Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho, a mesma autora do consagrado
Violetas na Janela. Nesse livro é relatado um
caso de obsessão que se iniciou com as brincadeiras espirituais.
Vale a pena a leitura, o livro é bem interessante.
17. Como evitar a
obsessão
Como falamos antes a obsessão está
intimamente ligada a brechas deixadas pelos encarnados. A melhor forma
de evitar a obsessão é fazer o possível para se
melhorar, buscando sublimar as suas imperfeições, buscando
sempre amparar o próximo, pois ao servir ao semelhante você
adquire merecimento para receber auxílio dos irmãos da
espiritualidade superior.
Mesmo assim, vigilante, em dia com suas preces
e realizando o evangelho no lar, nada impede que algum obsessor se aproxime.
Muitas vezes ele não consegue se ligar por você estar com
uma boa vibração, porém ele ficará próximo,
esperando a sua primeira brecha.
Por isso é muito importante que sempre
estejamos em paz, sempre perdoando, amando a todos e buscando se desligar
daquilo que nos prende ao mundo físico.
A Oração e o Evangelho
no Lar também são muito importantes para proteção
contra espíritos aproveitadores. Retirei do livro Copos
que Andam, escrito por Vera Lúcia através do
espírito Antonio Carlos a seguinte passagem:
"... E, depois de chamarem os Espíritos e respondidas
as perguntas, querem afastar os que foram convidados, proferindo orações
decoradas, juntamente com ramos, ervas ou água benta. Podem certas
ervas, quando queimadas srem tóxicas e incomodarem Espíritos
maus e ociosos. Mas voltam depois, mais furiosos e rancorosos por terem
sido expulsos. Só não entrava em lares onde a
oração era sincera e o Evangelho estudado e vivido,
deixando fluidos que faziam uma barreira pela qual não conseguia
passar. Nem Espíritos com minha experiência passam. Onde
os pensamentos de caridade de sues moradores fluem de um modo que favorece
os semelhantes, ou seja, com fluidos bons, torna-se insuportável,
ali, a presença dos invasores de lares alheios, os inescrupulosos
que semeiam desgraças. Mas quando forme convidados ou chamados,
sentem-se enao como donos, tanto do lugar, como das pessoas. Vampirizam
fluidos como pagamento das respostas dadas e julgam-se ainda credores."
Se você se acha imune à obsessão
eu peço que compare a sua vida com a de Gandhi, pense como um
espírito poderia obsediar Gandhi:
Gandhi comia o necessário para sobreviver,
negando a morte de animais para se alimentar.
Gandhi pregava e exercia a não violência,
como obsediar alguém que não consegue maldizer ou agredir.
Ele e seu grupo preferiam morrer a revidar com a violência.
Gandhi se absteve da relação
sexual, tendo na sua esposa a companheira de caminhada na Terra.
Gandhi pregava o amor entre irmãos,
não concordando com a guerra religiosa no seu país.
Gandhi era puro amor, devoção
e compreensão.
Gandhi era silêncio, só falando
o necessário para que sua missão se concretizasse.
Gandhi possui o suficiente para sua subsistência,
compartilhando sempre com o próximo os bens que possuía.
Os rastros de luz deixados pelos grandes seres
que caminharam pela terra são grandes "dicas" de como
devemos proceder e viver para alcançar a libertação.
O Evangelho é o livro das respostas
para todas as dúvidas em relação aos dilemas que
nos angustiam, Jesus deixou placas que devem ser seguidas por todos
que realmente desejam se iluminar.
Para visualizar o primeiro artigo da série sobre Obsessão - Obsessão e Obsessores -
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Para visualizar o segunda artigo da série sobre Obsessão - Tipos Específicos de Obsessão, Técnicas Utilizadas e Possessão -
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